segunda-feira, 5 de abril de 2010

Amor que desconheço.

Falar de amor se tornou tão mais difícil depois que todas as palavras já foram ditas.
E como falar daquele amor que tenho, mas não é por alguém ou algo em especial? Daquele amor que sinto, mas não sei o porque.
Por que tenho que amar o nada? Ou talvez o tudo.
Sei que o amor é o que nos move. Mas por acaso não teria um combustível menos caro? Menos sofrimento, menos angústia, menos ansiedade, menos palavras doces.
Eu amo amar, eu odeio amar.
Eu só queria não odiar.

sábado, 3 de abril de 2010

Outro lugar

O café ainda está quente. Mas isso pouco me importa.
O cigarro ainda está queimando, e isso não faz diferença.
Já está anoitecendo e eu continuo sendo quem eu sou. Isso sim me importa e faz diferença.
Eu não quero mais ser que eu sou. Já estou enjoada de mim mesma.
Eu quero cores, flores e um luar romântico.
Não quero mais ouvir vozes, é isso que me deixa triste. Essa que sou, não sou eu.
Quero abrir a janela e poder sorrir. Onde está o encanto?
Não, não se perdeu. Meus olhos estão vendados.
A mesma voz de sempre clama dentro de mim. Eu preciso fazer algo.
Estou enlouquecendo. Tudo roda e eu ainda estou aqui.
E eu quero estar ali, lá, em qualquer outro lugar, menos aqui.